quarta-feira, 10 de junho de 2009

Refugiados palestinos acampam no Itamaraty e recebem solidariedade de brasileiros e turistas estrangeiros

Brasilia - DF - Brasil - 10/05/09 - INTERPRENSA - Cansados de esperar uma solução juridica para um problema politico que envolve cento e quinze ( 115 ) palestinos refugiados no Brasil desde de 2007, oriundos de campos de refugiados no Iraque, Libano e Jordania, desde quando Israel bombardeou o Libano e os EUA invadiu o Iraque, um grupo de vinte e cinco deles, atualmente em Brasilia - DF, acamparam, desde ontem, por tempo indeterminado , com muitas faixas e bandeiras, em frente ao prédio do Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em protesto contra o tratamento que lhes é dispensado pelo ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e a omissão do governo brasileiro sobre o assunto através do CONARE, Comitê Nacional de Refugiados e pelo Itamaraty.
Segundo informou o porta voz dos refugiados e um de seus advogados, Acilino Ribeiro, membro do Comitê Brasileiro de Apoio aos Refugiados e Coordenador Nacional do MDD, Movimento Democracia Direta, organização popular brasileira que tem sido um dos principais grupo de apoio dos palestinos no Brasil, essa decisão de acampar no Itamaraty foi tomada após vários meses de espera por uma posição do governo brasileiro, que até agora tem se omitido para não ser acusado de ter fracassado na politica de refugiados, afirmou o Advogado.
Ontem durante a instalação do acampamento pela manhã, diversos curiosos que passavam no local demonstravam total apoio aos refugiados e solidariedade á causa palestina.
Porém numa estratégia traçada pelos principais dirigentes do Comitê de Apoio aos Refugiados, preferiram faze-lo usando o elemento surpresa para evitar confronto com as autoridades e principalmente a policia, tendo a imprensa chegado somente após algumas horas, principalmente um grupo de correspondentes estrangeiros que cobria, já a noite, um jantar para diversas autoridades estrangeiras no Itamaraty, onde os refugiados esperavam encontrar o Presidente Lula e ter a oportunidade de pedir-lhe ajuda.
Durante todo o periodo da tarde de ontem grupos de estudantes de várias universidades do DF apareceram para manifestar solidariedade aos refugiados e saber de suas reivindicações. Diversos estudantes do curso de Relações Internacionais de cinco faculdades convidaram os palestinos e seus advogados Acilino Ribeiro e Sandra Nascimento para realizarem palestras nas respectivas universidades sobre a questão palestina e o papel do ACNUR e da ONU quanto a questão dos refugiados.
Estudantes do curso de Cinema de uma das principais Faculdades do DF filmaram e entrevistaram alguns dos refugiados e ao Advogado Acilino Ribeiro para um documentário que irá concorrer em vários festivais no mundo inteiro, e assim chamar a atenção do mundo sobre a questão dos refugiados, enquanto outros estudantes, desta vez do curso de Fotografia e em número bem maior, em trabalho para o curso fotografaram o momento da instalação do acampamento ( fotos anexas, das estudantes Elizabeth Coutinho e Bruna Lira ) e tiveram suas fotos enviadas para todas as agencias internacionais de noticias e as principais rede de TV do mundo , como a Al Jazira, que as divulgou ontem mesmo.
Em entrevista á imprensa alemã, um jornal de Berlim e a um canal de TV que cobre grande parte da Europa, o Advogado Acilino Ribeiro informou que a principal reivindicação dos refgugiados agora é irem para outro país, pois foram maltratados e abandonados pelo ACNUR. Afirmou ainda que além de seus parentes e familiares estarem na Europa, lá, apesar das restrições impostas por alguns governos, em alguns outros países são tratados como seres humanos.
Êle não informou a estratégia a ser usada durante o acampamento, e disse desconhecer até quando irá , mas adiantou, que se o Itamaraty e o CONARE não tomarem uma providência até o final desta semana outros refugiados devem vir de diversas cidades brasileiras para engrossar as fileiras dos protestos e ampliarem o acampamento e finalizou dizendo que esse acampamneto vai se tranformar numa jornada de luta e o endereço do próximo acampamneto deve chamar a atenção não apenas do Brasil, mas do mundo e mostrará a face cruel, violenta e desumana da politica sobre refugiados não só do ACNUR, mas do Brasil também.
Nesta quarta feira, 10, os refugiados continuarão acampados, mas a tarde os Advogados Acilino Ribeiro e Sandra Nascimento participarão de uma audiência na Justiça Federal representando os palestinos numa ação onde tambem estarão o ACNUR e duas entidades prepostas como parceiras na questão dos palestinos e a quem o ACNUR diz ter repassado os recursos para o apoio aos refugiados. Êles negam que êsses recursos tenham chegados a alguns deles, como Farouk Mansour, 60, que denunciou o ACNUR, afirmando que a instituição não repassa sua ajuda de custo a doze ( 12 ) meses, porisso estar em Brasilia para protestar e denunciar a instituição. Ele reafirmou a esperança de apoio do governo brasileiro á suas reivindicações e a condenação do ACNUR.
"O acampamento teve dia para começar, mas não terá dia para terminar, se lutamos a milhares de anos pelo que acreditamos, lutaremos o tempo que for necessário para obter nossos direitos que são universais" , afirmou um dos refugiados.
Finalizando, o advogado Acilino Ribeiro afirmou que diversas entidades dos movimentos socias e populares, sindicatos e lideres nacionais estão se articulando para uma grande manifestação de apoio na próxima semana.


Fonte e Divulgação - INTER.PRENSA / AGNOT / RINDH / PRENSA DIPLOMATIK / RENOT3ºMUNDO

OBSERVAÇÃO - As fotos anexa são das fotografas ELIZABETH COUTINHO e BRUNA LIRA

Um comentário:

  1. O senhor que segura a bandeira brasileira na foto acima, Sr. Hamdam. Morreu recentemente. A morte dele se deve exclusivamente pelas pessoas que o manipularam a ficar acampados na rua em Brasília por tanto tempo. Essas pessoas, em vez de assegurar uma vida digna para um velinho sem abrigo, preferiam deixaram-lo na rua, aonde sofreu o calor intenso do planalto central, e ainda, aumentando o seu estoque de cigarro. Infelizmente, concluo que a morte dele foi induzida. Uma acusação forte eu sei, mas que tem um um certo grau de verdade. Hoje me pergunto se esses triste fim não foi pre-meditado deste o início. É uma vergonha uma advogada fazer uma coisa dessas - tentar satisfazer o seu ego sob uma falsa bandeira - e no final, prejudicando tanto uma pessoa que a leva a morrer. Inaceitável. O Brasil deveria se envergonhar. Não por não poder dar a assistência necessária para um refugiado, mas por ter pessoas como essas.

    ResponderExcluir