domingo, 18 de outubro de 2009

O camarada Sa'adat contesta o isolamento em 22 de outubro


O camarada e líder Ahmad Sa'adat, o aprisionado Secretário Geral da Frente Popular pela Libertação da Palestina, terá uma audiência de contestação a seu isolamento e à prática de isolamento nas prisões da ocupação no dia 22 de outubro de 2009.

A advogada Leah Tsemel, que representa o camarada Sa'adat na contestação à prática de isolamento (solitária) de prisioneiros políticos palestinos na população geral dos detidos, disse que a contestação será diante da Corte Central de Bir Saba em 22 de outubro, contra a Administração israelense de Prisões.

O camarada Sa'adat tem sido mantido em isolamento (solitária) na prisão de Ramon no deserto de Naqab por seis meses, quando foi transferido da prisão de Hadarim em Asqelan depois de 14 dias de isolamento (solitária). O camarada Sa'adat, assim como outros líderes nacionais e populares dentro da prisão, foram escolhidos para o isolamento (solitária) e em condições abusivas de aprisionamento baseadas em sua atividades, e colocados em unidades especiais de isolamento (solitária). Dentro destas unidades de isolamento, o camarada Sa'adat foi colocado mais profundamente em uma destas unidade separada de isolamento onde ele foi confinado sem acesso mesmo aos outros prisioneiros em isolamento, e privado de Direitos Humanos básicos. Seus livros pessoais foram confiscados e é permitido acesso a jornais só uma ou duas vezes por semana. Lhe foi negada visitas da família - sua esposa, Abla, foi proibida de visita-lo por três meses - assim como visitas legais, e foi impedido de fazer compras na cantina da prisão, inclusive compras de cigarro.

No pátio da prisão, o camarada Sa'adat é mantido algemado e com algemas também nos tornozelos, e lhe é permitido só uma hora de exercício/recreação. Tudo isto foi "justificado" pelas autoridades de ocupação como "castigo" por dar dois pacotes de cigarros a outro prisioneiro. Naturalmente, o camarada Sa'adat tem sido submetido a estas condições desumanas porque é um líder reconhecido entre os prisioneiros, numa tentativa destruir o movimento palestino de prisioneiros e atingir as realizações e lutas dos prisioneiros. Além do mais, a Administração da Prisão tenta criminalizar os relacionamentos humanos e sociais entre os companheiros prisioneiros palestinos, e entre os prisioneiros e as suas famílias de fora. O camarada Sa'adat dirigiu a luta contra isolamento, empenhando-se numa greve de fome de nove dias em julho de 2009 que foi imediatamente seguida pela sua transferência para prisão de Ramon.

O camarada Sa'adat foi mantido preso desde 2002, nas prisões da Autoridade palestina, mantida sob a guarda dos britânicos e dos EUA, até o seu seqüestro pelas forças sionistas de ocupação em 14 de março de 2006, por um ataque da ocupação militar na prisão de Jerico (Ariha). No dia 25 de dezembro de 2008, o camarada Sa'adat foi sentenciado a trinta anos dentro das prisões da ocupação. Ele é membro do Conselho Legislativo Palestino e um dos principais líderes nacionais palestinos mantidos dentro dos cárceres do ocupante.

Se espera que sejam realizados eventos e atividades na Palestina e ao redor do mundo em favor do camarada Sa'adat a partir de 16 a 22 de outubro, clamando por liberdade e justiça para Sa'adat e todos prisioneiros palestinos. Abla Sa'adat, esposa do camarada Sa'adat, chamou por uma campanha mais ampla de solidariedade nos níveis palestino, árabe e internacionais para acabar com as condições desumanas de isolamento enfrentadas pelos prisioneiros palestinos que violam todos padrões básicos de Direitos Humanos, assim como exigir e assegurar sua libertação. Ela acrescenta ainda um chamado à Autoridade Palestina para que assuma responsabilidade neste aspecto, uma vez que tinha a responsabilidade de mante-lo na prisão de Jerico (Ariha) como parte de sua “cooperação de segurança” com o ocupante.
Abla Sa'adat disse mais adiante que está confiante que esses que mantem o soldado capturado da ocupação Gilad Shalit, mantiveram o camarada Sa'adat no topo da lista de prisioneiros cuja libertação é exigida em troca de Shalit.


Frente Popular para Libertação da Palestina - FPLP

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