sexta-feira, 20 de maio de 2011

15 de Maio de 2011... dia internacional da consciência!


por Khader Othman
kaderothman@hotmail.com
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino

Este domingo, dia 15 de maio 2011, o povo palestino celebrou, de forma valente e corajosa, o dia da NAKBA, a Catástrofe – dia da usurpação da nossa Pátria pelo Estado de Israel.

De todas as fronteiras da Pátria mãe e no coração da Palestina, cidades como Ramallah e em Gaza, fora realizadas celebrações pacíficas com alto custo de sangue.
Na Síria, Líbano e Jordânia, países onde há refugiados palestinos expulsos da sua Pátria, levantes organizados pelos comitês, possibilitaram uma visão aos refugiados.....puderam ver, mesmo de longe, uma parte da sua Pátria. Puderam encher os pulmões do ar perfumado de sua doce Palestina! Ar que passa pelos pomares das propriedades dos seus antepassados. Uma visão que uniu os refugiados!

No Líbano, 50 mil palestinos de todos os campos de refugiados, atenderam ao chamamento. Foram para o ponto alto no sul do Líbano chamado MAROON ERRAS. De onde se via o vale, cheio de pomares, que pertenceram um dia aos palestinos. Não conseguiram se conter, nem controlar a paixão que explodia no peito. Todos queriam chegar mais perto. Mais que respirar o perfume e o desejo de pisar onde nasceram moveram todos para as cercas de arame farpado... com bandeiras palestinas e gritando palavras de ordem: “temos o direito de retornar para as nossas casas!” anunciaram ao mundo a sua justa mensagem ... “O vale lá embaixo é nosso!” .... E, de repente, os soldados, escondidos, começam atirar nas multidões, são 10 mártires e mais de 160 feridos.

Na Síria, nas Colinas de Golan, no mesmo dia, na mesma hora o cenário se repete! Milhares de refugiados palestinos marcham para as fronteiras de Golan, chegam nas cercas de arame farpado e começam fixar as bandeiras palestinas na cerca! Gritando as mesmas palavras: “queremos voltar para nossas casas!”. A mesma mensagem, clamando para o mundo ouvir. “Esta terra é nossa! Estamos ensaiando o nosso retorno para nossas propriedades!”, mas a violência e os tiros foram as únicas coisas que o heróico povo palestino recebeu, resultando em quatro mártires e mais de 100 feridos.

Na Jordânia, o cenário foi o mesmo. Na fronteira, na cidade jordaniana de Al-karama, dezenas de ônibus e centenas de carros cheios de refugiados vieram ver a Pátria e encher o pulmão como doce ar perfumado dos pomares da Palestina! Aqui, além da violência israelense, se somou a dos soldados jordanianos... são ataques aos ônibus, agressões e xingamentos aos refugiados. Começa uma batalha, no lugar errado e com as pessoas erradas, mais de 70 feridos, 59 ônibus quebrados e dezenas de carros particulares também.

Os choques e o sangue vermelho não foi apenas nas fronteiras com palestinos refugiados nas sua própria Pátria. Também dentro da Palestina, nas cidades de Ramallah e em Gaza, o resultanto foi um mártir e mais de 150 feridos.

Afinal, o que querem os palestinos com estas atividades que custam mais sangue do que resultados e, parece, revelar que a possibilidade do retorno está cada vez mais distante?

Se fazer escutar e seus gritos e suas mensagens ecoaram para todas as direções, lembrando que:

  • A Causa Palestina está mais viva do que nunca! Criando um desafio para a ONU, no qual as suas Resoluções em defesa da Palestina e do Povo Palestino sejam cumpridas, em especial, as que tratam do estabelecimento da Pátria e da garantia do retorno dos Refugiados. Caso contrário, a ONU estará abandonando suas premissas e perdendo seu valor na comunidade internacional.
  • Os levantes palestinos transformam em pó as “profecias” de David Bem Gorion. Em 1948, perguntaram a David Bem Gorion, primeiro ministro israelense, o que vai ser dos palestinos, uma vez que os Israelenses, sob suas ordens, expulsaram eles de suas terras. Ele respondeu: “os adultos morreram e os jovens esqueceram e nos vivemos em paz e prosperidade”. A realidade revelou que, dos 15 mártires e dos mais de 500 feridos, nenhum deles conhece a Palestina, eles nasceram em campos de refugiados, sofreram, mas não esqueceram de sua doce Palestina! Esses jovens são os geradores da justiça em todas as ocasiões e todos os tempos!
  • As revoluções árabes estão varrendo os regimes corruptos e demagogos de seus países. Estes governos podres e sua falsa democracia nunca se comprometeram com a libertação da Palestina. O povo, liberto, está empenhado em construir a cidadania e a dignidade. Um novo caminho para o justo desenvolvimento, estabilização e para a paz no oriente médio.
  • O resultado sangrento deflagra a face terrorista do Estado de Israel e sua política fascista-racista. Aos que não aceitam que um menino civil segure nas mãos a bandeira palestina, anunciamos: a Palestina Livre é uma questão de justiça e de consciência mundial!

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