sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Egito: Comunicado e mapa do caminho para a gestão da crise

Venha participar do Ato de solidariedade aos povos que estão enfrentando os mercenários sionistas e as ameaças de guerra!: DIGA NÃO A GUERRA CONTRA OS POVOS DA SÍRIA, DO LÍBANO E DO IRÃ . Eles precisam da nossa solidariedade agora!


DIA 29 DE NOVEMBRO - 17 HORAS NA CINELÂNDIA - RIO DE JANEIRO


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Nós, a maioria das massas populares revolucionárias egípcias, soberanas em nosso território sobre nosso destino, e fonte de todo o poder no Egito, o poder que recuperamos para nós com a revolução popular e pacífica de 25 de janeiro de 2011, afirmamos nossa vontade sincera de transmitir esse poder a representantes civis eleitos – Parlamento e Presidente – até, no máximo, dia 15 de maio de 2012.


Declaramos que os manifestantes – homens e mulheres que ocupam a Praça Tahrir – são representantes da maioria do povo egípcio. Todo e qualquer acordo ou negociação entre o Conselho Superior das Forças Armadas e partidos políticos que exclua a participação direta desses homens e mulheres e das forças revolucionárias que ocupam a Praça Tahrir é nulo e não será respeitado.
As forças revolucionárias subscrevem, de pleno acordo, o comunicado abaixo, a ser usado como mapa do caminho para superar a crise e fazer a transição do poder:O comunicado do marechal Tantawi não satisfaz a vontade e as expectativas do povo egípcio. Está repleto de falácias. Oculta os muitos crimes cometidos contra o povo durante o período da transição e, em particular, os que se cometeram ao longo dos quatro últimos dias, com seu cortejo de assassinatos, violência, profanação de cadáveres e atentados à dignidade dos cidadãos e, portanto, à dignidade do Egito.O comunicado do marechal Tantawi não diz que se tomaram medidas concretas para restaurar a ordem, como a prisão dos assassinos e dos que deram ordens para atirar, com munição real e granadas de gás, nem determina a suspensão e o julgamento de todos os responsáveis militares e policiais por aqueles crimes. Tampouco anuncia o fim imediato de qualquer tipo de ação violenta contra os homens e mulheres que ocupam a Praça Tahir e em todo o país.O comunicado do marechal Tantawi não responde às exigências do povo, que são: constituição de governo de salvação nacional, com autoridade para a gestão integral do período de transição e para afastar do poder imediatamente o Conselho Superior das Forças Armadas, o qual se deverá limitar à defesa nacional e a tarefas de segurança nacional.O comunicado do marechal Tantawi tampouco atende à exigência do povo, de que se organizem e realizem-se eleições presidenciais dia 28 de abril de 2012, para que a transição do poder esteja completada, no máximo, até meados de maio de 2012. Além de não atender essa exigência do povo, o comunicado do marechal Tantawi fala, implicitamente, de um referendo a ser convocado para decidir sobre a permanência do Conselho Superior das Forças Armadas como gestor do período da transição – ideia categoricamente rejeitada pelo povo, que vê aí uma tentativa de subverter a vontade do povo.Assim, dado que o comunicado do marechal Tantawi foi rejeitado pela maioria do povo egípcio; em nome do bem, da paz e da estabilidade do Egito, e para impedir novos massacres, para pôr fim imediatamente à violência e aos abusos contra o povo, aqui apresentamos esse mapa do caminho para encaminhar solução que tire o Egito desse momento de crise:


  1. Imediata prisão dos assassinos e dos que deram ordens para atirar com munição real e granadas de gás lacrimogêneo contra o povo. Que sejam presos, acusados e julgados, todos os comandantes militares e policiais implicados nesses acontecimentos. Fim imediato de toda e qualquer violência contra manifestantes na Praça Tahrir e em todo o Egito. Retirada das ruas de todas as forças policiais, até que esteja feita completa reforma do Ministério do Interior. Demissão dos funcionários corruptos que desafiam o desejo do povo e tentam prorrogar o antigo regime e enterrar a revolução.


  2. Constituição de um governo de salvação nacional, que terá plena autoridade para conduzir o período de transição, e fim imediato do Conselho Superior das Forças Armadas, que deverá ficar encarregado exclusivamente da defesa e da segurança nacional. Nomeação, pelos revolucionários, do encarregado de formar esse governo de salvação nacional. Organização da transição, na direção de poder civil eleito, segundo as seguintes modalidades: *organização de eleições para a Assembleia Popular, que obedecerá a calendário conhecido; essa Assembleia Popular, depois de eleita, terá plenos poderes;
    *organização de eleições para uma Assembleia de Concertação (Majlis Echchoura), que obedecerá a calendário conhecido e deverá estar eleita, no máximo, até 14 de março de 2012;
    *apresentação de candidatos à eleição presidencial, entre 14 e 28 de março de 2012;
    *eleição presidencial no dia 28 de abril de 2012 (1º turno) e 5 de maio de 2012 (2º turno); e
    *a partir do dia 15 de maio de 2012, todos os poderes executivos serão formalmente entregues ao presidente eleito.


  3. O governo de salvação nacional declarará a data das eleições presidenciais e todas as novas relações entre os poderes.



  4. São as seguintes as tarefas desse governo de salvação nacional: *organizar as eleições parlamentares, a eleição presidencial e a transição dos poderes executivo e legislativo, segundo o calendário acima indicado; *sanear o Estado e suas instituições, mediante a eliminação dos corruptos e de todos que deram sustentação ao regime deposto pelo povo; *restaurar a segurança, com fim imediato das baltaguiyas [agitadores e assaltantes mercenários a serviço do Ministério do Interior], e reformar o Ministério do Interior; *melhorar o nível de vida e garantir a oferta de bens e serviços a preços justos. *apresentação de candidatos à eleição presidencial, entre 14 e 28 de março de 2012;


  5. Nossa revolução continua. É obrigação do Conselho Superior das Forças Armadas cumprir essas diretivas e atender as reivindicações anunciadas nesse comunicado até que se complete a transição, para representantes civis eleitos, nos prazos definidos nesse comunicado, de todos os poderes do governo do Egito. Parlamento e presidente eleitos no Egito não serão submetidos a nenhum tipo de tutela militar.

Convocamos todo o povo egípcio para que ocupe as ruas, aos milhões, na próxima 6ª-feira, 25 de novembro, aqui proclamada a “6ª-feira da revolução do povo”.


Que Deus abençoe o Egito, em segurança, liberdade e dignidade.


assinam] As Forças Revolucionárias
Frente dos Universitários Independentes


Frente dos Revolucionários Autênticos


Frente dos Jovens Salafistas


Frente dos Jovens da Revolução na Universidade


Frente dos Jovens da Revolução 25 de Janeiro


Frente da Voz da Revolução


União das Forças Patrióticas


União dos Jovens da Revolução


Frente Islâmica LivreFrente Geral da Revolução


Consenso PopularRevolucionários Livres


Frente Revolucionária


Frente Revolucionária para a Defesa da Revolução Egípcia


Frente Popular Revolucionária


Apelo Salafista à Transição


Comitê de Coordenação


União dos Jovens do Partido do Trabalho


União das Forças da Revolução


Aliança das Forças Revolucionárias


Fórum dos Jovens de Suez


Frente de Salvação Nacional


Frente da Vontade Popular


Movimento Sindicalista


Movimento Popular


“Corrente da Independência Nacional”


Partido Liberdade e Desenvolvimento


Partido Paz e Desenvolvimento


Partido da Promessa


Partido Egito em Construção


O Governo Sombra


Apelo Doutrina e Comunidade


Liga dos Ativistas da Revolução


Jovens Pesquisadores


Jovens da Comunidade Islâmica


Instituição Consenso Republicano


Anciãos da Revolução


Fórum do Delta


(vários revolucionários independentes.As assinaturas estão sendo recolhidas)

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